Algumas denominações dão um valor excessivo ao chamado Uso & Costume, a ponto de excluir do rol de membros irmãos que não se enquadram na visão dos seus fundadores ou teólogos. À luz da Bíblia é impossível afirmar que a mulher ou o homem não deve usar determinada vestimenta.
O homem no princípio de sua existência andava nu, Gn 2.25. As primeiras roupas que usou eram feitas de peles de animais, Gn 3.21. Subseqüentemente os materiais empregados no fabrico de vestimentas eram a lã, Gn 31.19; Lv 13.47; Jó 31.20, o linho, Ex 11.31; Lv 16.4, o linho fino, Gn 41.42, e finíssimo, Lc 16.19, a seda, Ez 14.10,13; Ap 18.12, o saco de cilício, Ap 6.12, e as peles de camelo, Mt 3.4. As peças essenciais dos trajes do homem e da mulher eram duas: Uma túnica, espécie de camisa de mangas curtas, chegando até aos joelhos, Gn 37.3; 2Sm 13.18, às vezes tecida de alto a baixo e sem costura, Jo 19.23, 24, cingida por um cinto; eram iguais para ambos os sexos, a diferenciação estava no estilo e na forma de usá-las. Outra peça consistindo em um manto, Rt 3.15; 1Rs 11.30; At 9.39, feito de um pano de forma quadrada, guarnecido de fitas, Nm 15.38; Mt 23.5. Punha-se sobre o ombro esquerdo, passando uma das extremidades por cima ou por baixo do braço direito. A parte inferior do baixo manto chama-se orla, Ag 2.12; Zc 8.23. As vestes dos profetas eram de peles de ovelhas, ou de cabritos, 2Rs 1.8; Zc 3.4; Hb 11.37, e também de peles de camelo, Mt 3.4. Outra peça de roupa era às vezes usada entre a túnica e a manta, por pessoas de distinção, e oficialmente pelo sumo sacerdote, Lv 8.7; 1Sm 2.19; 18.4; 24.4; 2Sm 13.18; 1Cr 15.27; Jó 1.20. Era uma veste comprida sem mangas, apertada na cinta. Os cintos serviam para facilitar os movimentos do corpo e eram feitos de couro, linhos crus ou finos, 2 Rs 1.8; Jr 13.1; Ez 16.10, muitas vezes bem elaborados com decorações artísticas, Ex 18.39; 39.29; Dn 2.5; Ap 1.13. A espada era levada à cinta e o dinheiro também, Jz 3.16; 1Sm 25.13; Mt 10.9. Fora de casa traziam sandálias, sapato rudimentar, feitas com uma sola de madeira ou de couro, Ex 16.10, apertadas aos pés nus por meio de correias, passando pelo peito do pé e à roda dos artelhos, Gn 14.23; Is 5.27; At 12.8. O povo comum andava com a cabeça descoberta. Às vezes traziam turbantes, Jó 29.14; Is 3.20; Ez 23.20. O véu era usado pelas mulheres em presença de pessoas estranhas, Gn 24.65; Ct 5.7, se bem que muitas vezes elas saíam com as faces descobertas, Gn 24.16; 26.8.
Os santos são sensíveis à voz do Espírito Santo e antes de usar determinadas vestes, procuram conhecer a vontade de Deus. Não é conveniente ao homem usar roupas sabidamente femininas.
As mulheres devem vestir-se com sabedoria visando apenas a edificação do próximo, jamais, despertar a sensualidade ou desejos lascivos. Vestes transparentes, decotes profundos, saias e blusas curtas, calças apertadas (justas) e toda a espécie de roupas que mostram ou marcam o corpo despertando a sensualidade devem ser rejeitadas. É preciso cuidado com os extremos, o uso de vestidos e saias cobrindo os tornozelos, blusas com mangas até os pulsos e golas à altura do pescoço; não é sinal de santidade, geralmente desperta a rejeição no próximo impedindo que exalemos o bom perfume de Cristo.
O uso de roupas de "marca" ou "etiqueta" de modo geral é um canal aberto para o devorador (são caríssimas) e que desperta no coração a vaidade. Basicamente, quem usa uma roupa de griffe o faz para que o próximo veja. A moda não é feita para o povo de Deus, que devem optar pela simplicidade de aços, a exemplo de nosso Senhor.
"Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" 1 Tm 2:9,10
Jóias e Maquiagem
O uso de jóias e bijuterias não é errado, no entanto, é preciso que sejam sensatos. Os servos de Deus não deve assemelhar-se à uma "perua". A ostentação é um pecado. O uso de maquiagem não é condenado por Deus, no entanto, às mulheres precisam ser sensíveis ao Espírito e não optar por nada demasiadamente pesado. O equilibro se aplica também a esta área.
Finalizando, medite: "Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem." 1Co 10.23,24
Elias R. de Oliveira Bibliografia: D. Bíblia John Davis
A velha frase do "num tem nada a ver" e seus pecados! ( 1493 visitas )
Publicado em: 15/8/2004 Por: Pastor Denis de Oliveira Assembléia de Deus/Ministério Poder de Deus - Rio de Janeiro/RJ pr_dennis_ad@hotmail.com
Esta frase já é conhecida da maioria, prá não dizer todos os evangélicos. Esta afirmação popularesca tem o intuito resumido de dizer que uma coisa nada tem a ver com outra, um assunto não tem vínculos com outro tipo de assunto. Se você perguntar a uma pessoa: "-Deixar o calçado virado com a sola pra cima faz mal?" Certamente alguém irá responder: "-Isso não tem nada a ver". Pode ser nojento, porque você pisa em todo lugar, mas dizer que "faz mal" pelo simples fato de estar com as solas pra cima, é coisa de superticioso. Ele age assim até com o calçado novo, sem uso.
Crentes superticiosos há em todo lugar. São passados todos os dias, boca-a-boca, que, por exemplo, quem não ora antes de comer, peca. Mais ou menos como discriminaram os discípulos ao comer sem lavar as mãos. Eu acho bom orar, mas as vezes esqueço, e oro em pensamento. Num restaurante não ficaria legal eu levantar a voz para agradecer o pão de cada dia. Mas eu oro, de olho aberto, em pensamento. Isso é um costume meu. Também não condeno quem quiser fazer um mini-culto num restaurante antes de comer. Vai de cada um.
Mas o engraçado é que a supertição influencia o comportamento das pessoas. Não passar embaixo de escadas, gato preto dá azar, ao ouvir algo ruim bater tres vezes na madeira, etc. Para nós, cristãos, isso não tem nada a ver com a realidade, nem com a Bíblia. Mas para os superticiosos isso já deu livramento, cria um bem estar, já livrou do azar, e contam inúmeros testemunhos. Ou seja, tem muito a ver para eles! Basta ouvir estas pessoas. Quando se adota uma supertição, dificilmente a pessoa se liberta. Isso porque ouviu alguém ensinar como agir para "dar sorte" e se livrar do azar. Isso recheado de "causos" e contos de sorte.
Os crentes superticiosos, que pregam usos e costumes, testemunham de uma forma muito semelhante. Com a mente entupida de credos, dogmas, acreditam que se usarem um determinado tipo de roupa, mesmo decente, receberão a reprovação imediata do Senhor, por ser "roupas do mundo", de incrédulos. Um mal estar toma conta do indivíduo, e logo ele "sente" de não usar mais determinados trajes, mesmo decentes, fazendo de sua vestimenta o emblema de sua santificação. Suas roupas longas e compridas tornam-se o referencial do "andar com Deus". Ele sempre irá achar que os outros cristãos, que não se trajam igual a ele, não é um cristão verdadeiro, ou que ainda "precisam se libertar".
O que me deixa estupefato diante destes fatos, é que este "mal estar" quase nunca vem quando se conta uma mentira, quando se toma algo emprestado e não devolve, deve e não paga, não cumpre com a palavra em vários negócios, tornando-se um péssimo testemunho. A pecha de "crente-safado" é uma constante entre os não-evangélicos, e isso deve-se a uma realidade quase nunca admitida por nós. Mas meu Deus do céu, não temos nós uma transformação de vida tão grande, que quando soubemos que alguém se converteu, glorificamos ao Senhor, por seus olhos se abrirem para a verdade?! Não saudamos com a Paz do Senhor os membros de nossas igrejas, por se acreditar ver ali homens e mulheres que conhecem o poder de Deus?! É meu irmão, mas o fato de ser crente, na praça, não significa mais aceitar cheque sem antes fazer umas consultas. E isso não é novidade nem entre nós mesmos! Só sendo muuuuiito conhecido, prá recebr um cheque assim, e olhe lá!!!
Para alguns líderes, "num tem nada a ver" colocar um político incrédulo no púlpito. "Num tem nada a ver" armar uma "jogada" pra tirar um irmão do caminho, que esteja atrapalhando os seus interesses. "Num tem nada a ver" mentir. "Num tem nada a ver" puxar o tapete de outro obreiro, por ciúmes, invejas, divisões, etc. Olha o "num tem nada a ver" aí... Mas será que essas coisas são pregadas com a mesma freqüência que são pregadas as doutrinas de roupas, acessórios, etc...?! Ou não?...
Porque isso? Porque acontecem essas coisas no meio do povo lavado e remido pelo Sangue de Jesus? Falta de doutrina parece não ser, pois muita gente sabe bem o que a igreja permite e não permite! Mas a Bíblia permite ser desonesto? Ser mentiroso?? Não ter palavra com outro irmão??? Ou a Palavra de Deus nos ensina a sermos honestos, a falar a verdade cada um para com o seu próximo, a viver o "sim, sim, não, não"?!?! Infelizmente presenciamos casos de obreiros puxando o tapete de outros obreiros, invejas, ciúmes, fofocas, etc... Não estou aqui generalizando e afirmando que somente as igrejas de doutrinas rígidas tenham pessoas sem caráter. Esse tipo de gente tem em todo lugar! Mas um fato é real: Falta, em algumas igrejas, o ensino do caráter de crente. Ensinar a verdadeira DOUTRINA da Bíblia, que é andar como Cristo andou. Ensinar a amar ao próximo com sinceridade e não somente de palavras. A viver o Evangelho de Cristo, um cristianismo genuíno, um viver "santo" segundo a Palavra, e não segundo os homens. A não ser crente somente no emocional, no "pula-pula", no "fogo de brasa-viva", superticioso, acusador, etc. Mas um crente fundamentado na Bíblia, com o pentecoste sim, mas que tenha, acima de tudo, obediência as Sagradas Escrituras.
"Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim, mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”. (Marcos 7:1-8)